Em 2019, A cantora Luisa Sonza foi processada pela advogada Isabel Macedo por danos morais após suposto caso de racismo. Segundo Isabel, a artista teria pedido para ela pegar água, achando que a advogada era funcionária.
Quando o processo veio à tona em 2020, Luisa disse que a acusação era mentira e absurda. “Gente, tudo isso é MENTIRA! Não acreditem nisso! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é meu caráter, minha índole. Eu jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor de sua pele. Jamais! Essa acusação é absurda. Minha equipe já está tomando todas as providências jurídicas quanto ao caso”.
Já em 2022, a artista diz estar “lidando com essa situação
como uma oportunidade para tentar ser melhor”, mas não se desculpou.
O que mais chamou atenção nessa história toda foi o silêncio dos perfis de fofoca, que adoram ganhar engajamento em situações como essa. Motivo? Mynd8.
A Mynd8 é uma empresa que assessora artistas, influenciadores e perfis populares nas redes sociais, este último é chamado de “banca digital”. Tanto Luisa Sonza, quanto os perfis, estão sob o guarda-chuva da empresa. Isso explica o motivo de a cantora não ter sido massacrada na internet nos últimos dias.
Perfis como Alfinetei, Sou eu na vida, Subcelebrities, Otariano, Fofoquei são assessorados pela Mynd8.
Fato curioso: a cantora e empresária Preta Gil, filha de Gilberto Gil, é sócia diretora da Mynd8. Geralmente uma acusação de racismo deixa essa galera enfurecida e pronta para o ataque, mas Luisa Sonza foi responsável por calar os que sempre atacam e cancelam pela redes a fora.
Ou seja, até os mais militantes, os mais engajados em suas causas, os que adoram dizer “fogo nos racistas” e coisas do tipo; sempre vão amaciar julgo para os amigos. A famosa passada de pano. Quem tem amigo, tem tudo.
Nota de Luisa Sonza (de 2020) na íntegra
Nota de Luisa Sonza (de 2022) na íntegra
“Gente, eu estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queria falar sobre o assunto, mas pq eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não.
Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim. Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar. E entendi que precisa ser sempre assim.
Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas à questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia.
Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor,
como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não. Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela Autora.
Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção pra essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação.
Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais – não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento”.
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