“Jornalismo profissional” briga com vídeos e relatos para dar voz ao governo

"Jornalismo profissional" briga com vídeos e relatos para dar voz ao governo
Foto: Reprodução

A atuação do jornalismo tido como profissional, pelos próprios jornalistas que atuam em grandes veículos, tem causado indignação e revolta no público. Em especial, a postura de veículos da Globo.

A essência do jornalismo é dar voz aos cidadãos e questionar o poder, combatendo injustiças praticadas pelo Estado. No entanto, a linha editorial da Globo inverteu os polos de um modo tão absurdo que decidiu brigar com as imagens e relatos.

Em uma situação de tragédia como essa que devastou o RS, o dever do jornalismo é mostrar os problemas causados e ouvir a população para que os recursos e ajuda necessários cheguem às vítimas.

Mas a preocupação dos “jornalistas profissionais” em meio à tragédia é correr para classificar como fake news uma informação mal apurada. E pior, “validar” diretamente com os maiores favorecidos com a incompetência: o poder público.

A doentia polarização política que assola nosso país há alguns anos, acometeu jornalistas nas redações dos principais veículos do Brasil. Quando não é incompetência, é má-fé dos que deveriam fazer seu trabalho da forma mais honesta possível.

A então “fake news” dos caminhões com suprimentos barrados anunciada pela apresentadora Natuza Nery, da GloboNews, foi amplamente confirmada por agências “checadoras” como a Aos Fatos e a Lupa.

Por outro lado, diversos moradores e influenciadores denunciavam que a história era verdadeira, através de vídeos e áudios que circularam nas redes. Mais tarde, a versão que vinha das ruas foi confirmada com uma matéria da jornalista Márcia Dantas, do SBT.

A equipe de reportagem da emissora de Silvio Santos, foi a única a dar voz ao povo de fato. Márcia estava em um comboio da Defesa Civil de Santa Catarina que levava doações aos vizinhos gaúchos vítimas das enchentes.

Caminhoneiros e agentes foram multados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), fato constatado pelo SBT. Após a repercussão negativa, a ANTT, órgão federal, disse que as multas seriam anuladas.

Mesmo assim, “profissionais” da Globo não deram o braço a torcer e continuaram tratando o assunto como fake news, levando diversas pessoas a atacarem a jornalista Márcia Dantas em suas redes sociais. O SBT foi forçado a se manifestar em defesa dos funcionários por meio de nota.

“O SBT reforça seu compromisso com a verdade e ressalta que todo o departamento de jornalismo da emissora é guiado pela premissa de responsabilidade com a informação e com a sociedade. A emissora não produz e não divulga inverdades e não tem o objetivo de politizar qualquer assunto conduzido pela equipe de jornalismo”, disse a emissora.

Natuza Nery, Daniela Lima ou quaisquer profissionais da Globo sequer corrigiram a informação errada e nem pediram desculpas por levar uma colega de profissão a chorar ao vivo após sofrer ataques nas redes.

Aparentemente, o compromisso dos globais é com os governantes, não com o povo. As consequências dessa linha editorial subserviente ao governo e ao poder judiciário pode custar caro ao jornalismo da Globo.

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